“A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução.”1
Depois de ler todo o texto de Miguel Esteves Cardoso (MEC) percebi que me identifico com este texto.
A dor tem várias fases e temos de passa-las todas querem seja ela pela perda de um ente querido, quer seja pela quebra de uma promessa de amor eterno. E não vale a pena ficar preso nessa dor.
Há que aceita-la e depois continuar o nosso caminho caminhando.
Quando se trata de um ente querido a dor transforma-se em SAUDADE e essa NUNCA desaparece pois para nós esse ente (meu querido AVÔ, meu querido tio Fernando) continua vivo no nosso coração e lembramo-nos dele(s) pelas mais variadas razões e a maior parte delas são momentos FELIZES da nossa VIDA que nunca o vão deixar de ser apenas porque já não estão entre nós!!
As SAUDADES estão sempre presentes mas sem dor apenas com ALEGRIA e alguma tristeza por não estarem connosco!!
Quando se trata do amor esse por muito forte que seja no momento em que nos traem a nossa confiança tudo se torna mais fácil mas não menos penoso! Tudo depende da maneira como é “quebrada” essa relação. Dói MUITO mesmo mas como a dor é mais intensa dura menos tempo e mais facilmente se continua em frente, mas temos também aqui que enterrar a dor para poder seguir em frente!!Eu já enterei a minha e continuei em frente!!
Carpe Diem!!
1 - Excerto do texto de Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'